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Textos vencedores do concurso Mar de Pão, integrado no Projeto “Ler+ Mar” 2015/2016 Foram estes os textos vencedores do concurso Mar de Pão, integrado no Projeto “Ler+ Mar”, 2015/2016

 

Os animais

Era uma vez um gato que vivia numa casa junto ao mar.

Ele andou, andou, andou até que chegou à Austrália. Depois encontrou um canguru que lá andava sem saber para onde ir. Eles foram passear e encontraram uma cobra que estava na selva, perdida, tal e qual como o canguru. Então ela ia a passear com eles e disse:

_ Onde vão meus amigos gato e canguru?

E a gata disse:

- Nós vamos passear.

E lá foram os três amigos para casa do gato, que lhes deu abrigo, comida e aconchego. Mais tarde encontraram um golfinho ali encalhado na areia, sem poder voltar para o mar e tiveram pena dele. Pobre golfinho! Então sentiram-se obrigados a ajudar o golfinho a voltar para o mar.

O canguru e o gato levantaram-no para a cobra pôr alguns paus debaixo do golfinho e ajudaram-no a voltar para o mar. E viveram felizes para sempre.

 

Guilherme Rato, 3.º ano, Aguiar

 

O voo da baleia

Eu sou a baleia Milú. Vou-vos contar um segredo mas não podem contar a ninguém…então vou começar.

Quando era pequena os meus pais disseram-me que eu podia voar, mas não conseguia; e também diziam que só conseguia se acreditasse em mim.

Certo dia tornei-me azul e branca e tinha umas grandes asas amarelas. Nesse dia, o meu pequeno e vermelho coração falou comigo, parece mentira mas é verdade, disse assim:

- Tu lembras-te de os teus pais te terem dito que podias voar?

- Sim, lembro-me perfeitamente

- Isso vai acontecer hoje porque acreditaste em ti mesma.

- Então é por isso que estou assim?

- E ficaste igual a um pequeno passarinho branco e azul e com as asas amarelinhas.

- Ok, então vou tentar.

Assim que começou a voar, sentiu-se tão bem como nunca se sentira na sua vida. Lá no céu viu uma gaivota tão bonita como ela. Depois transformou-se em baleia novamente, voltou para o mar onde estivera sempre, encontrou os seus pais e disse-lhes:

- Pai! Mãe! Afinal tinham razão acerca de eu poder voar!

- Voaste querida?

- Voei porque acreditei em mim e o mais giro de tudo é que o meu coração falou comigo.

- A sério? E não encontraste uma gaivota muito bonita?

- Encontrei. Porquê?

- Porque essa é a gaivota que te faz voar e te dá paz e muita, muita sorte para conseguires voar bem e não caíres.

E a partir daí voou sempre que acontecia alguma coisa ou tinha um sentimento mais forte.

 Matilde Cravosa, 4.º ano, Aguiar

 

 

O mar diferente

 Era uma vez um mar diferente.

O mar era diferente porque tinha muitos golfinhos com o corpo azul e o nariz cinzento.

Mas toda a gente gostava de ir para aquele mar para brincarem com os golfinhos mais giros do mundo, os mais fofinhos, os mais queridos.

No dia 11 de fevereiro de 2016 foi lá uma menina chamada Benedita e ela disse a um golfinho:

- Olá, bom dia! Como estás?

- Olá, bom dia. Eu estou bem. E tu?

- Estou bem. Como te chamas?

- Eu chamo-me Barnabé mas podes chamar-me golfinho Barnabé. E tu?

- Eu chamo-me Benedita.

- Benedita, queres ir brincar comigo?

- Claro que sim! Contigo quero sempre porque és o golfinho mais giro que eu já vi – respondeu.

E lá foram brincar.

Quando chegou a noite a Benedita disse:

-Adeus Barnabé, está na hora de me ir embora!

- Adeus, até amanhã!

Ela saiu da água e embrulhou-se numa toalha velha que encontrou no chão.

- Adeus! – disse ele.

- Adeus Barnabé, disse ela a chorar porque queria ficar mais tempo com ele.

Quando a Benedita chegou a casa a mãe perguntou-lhe:

- Onde é que andaste e porque é que estás assim?

- Eu andei a brincar com o golfinho Barnabé e estou a chorar porque queria ficar mais tempo com ele. Estou assim molhada porque andei dentro de água – disse a Benedita.

- Vai lá tomar banho e vai-te deitar que eu vou levar-te o jantar à cama.

E assim foi. Quando o pai chegou a casa ela já estava a dormir.

 

Laura Fitas , 3.º ano, Alcáçovas

 A estrela Brilhante

Era uma vez uma estrela-do-mar. Essa estrela chamava-se Brilhante porque era a estrela daquele mar. Ela tinha muitos amigos: peixes, raias, mantas, golfinhos, baleias e até tubarões.

Um certo dia a Brilhante foi convidada para um desfile de moda no mar, ela não recusou o convite. Todos os animais e deuses do mar foram ver o desfile e quando foi a vez dela eles aplaudiram com todas as suas forças.

No dia seguinte, quando acordou, a Brilhante foi para a praça do mar e começou a dizer:

- Eu fui a melhor do desfile, estava linda! – gabou-se ela.

Os outros animais começaram a dizer:

- tu pensas que és a mais bonita, nós não gostamos de gente assim, já não somos teus amigos! – disseram eles todos em coro.

- Está bem – disse a Brilhante.

Passaram-se alguns dias e a Brilhante estava triste e decidiu falar com o deus do mar chamado Haguian. Ele disse-lhe:

- O meu conselho é tu mandares uma carta ao deus do céu a perguntar-lhe se podes ir viver para o céu.

A Brilhante seguiu o conselho de Haguian.

Ao fim de alguns dias a sua resposta chegou, dizia que ela podia ir viver para o céu.

A Brilhante fez as suas malas e foi viver para o céu onde foi muito bem recebida. Ela fez novas amizades e aprendeu uma lição: nunca ninguém se deve achar melhor que os outros.

 

Lara Pinto, 3.º D, Viana

 O peixe sonhador

Era uma vez um peixinho que um dia saiu de casa para brincar com os seus amigos: o golfinho, o caranguejo e a estrela-do-mar; eles gostavam imenso de jogos de esconde-esconde, da apanhada, de descobrir coisas novas e de fazer corridas. E então começaram logo a brincar.

Quando estavam a fazer corridas perderam-se e foram parar à casa de um caranguejo que concedia desejos. O peixinho queria ser forte e corajoso, o golfinho queria voar como os pássaros, o caranguejo queria ser alto e a estrela-do-mar queria ser elástica. Então eles tornaram-se super-heróis e a toda a hora andavam a ajudar os mais fracos e a derrotar os imbecis dos mais fortes que se queriam meter com os mais fracos que não sabiam como lutar contra o gangue dos tubarões matulões.

Então o peixinho acordou e reparou que tudo tinha sido um sonho.

E é o fim da história do peixinho sonhador.

Guilherme Leitão, 4.º E, Viana